sábado, 31 de outubro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Relato de Atendimento em Delegacia de Mulheres
Oi, vc nem imagina a raiva que passei na delegacia, o pessoal de atendimento a mulher viu que ficou bem claro que foi descumprimento da ordem judicial....daí me mandou pro balcão, onde um estúpido leu e me ouviu e falou VCS C ESSA LEI NÃO TEM NOÇÃO DAS COISAS, ACHAM QUE QQ COISA É MOTIVO, coitado, pra que ele falou isso, eu falei: vc toma remédio controlado?, te espancaram? te chamaram de maluca? que mais, ah sua companheira de trabalho mandou vc fazer assim......e ele c má vontade fez,
e depois eu ficava ouvindo, leimaria da penha tem que andar c lacinho cor de rosa, eles brincando c o cara....
...
Em Delegacia de Capital importante de nosso Brasil...
A foto do dedo ferido é de outra ocorrência com outra mulher, também atendida com descaso.
O dedo tem destino certo nestes que são ferozes e cruéis no atendimento a mulher que sofre de violência.
Cúmplices de criminosos, afastem-se de nós!
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Brasil cai nove posições em ranking de igualdade entre sexos
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O Brasil caiu nove posições no ranking global de desigualdade entre os sexos organizado pelo Fórum Econômico Mundial, ocupando a 82ª posição entre 136 países.
De acordo com o documento divulgado nesta terça-feira, este é o pior resultado dos últimos três anos.
Em 2006 o Brasil ocupava a 67ª posição, em 2007 a 74ª e, em 2008, a 73ª.
As principais razões apontadas para a queda de posições brasileiras este ano foram a diferença de renda obtida pelo mesmo tipo de trabalho de acordo com o gênero (passando da 100ª para a 114ª colocação) e a queda da renda estimada anual, passando da 54ª para a 69ª posição.
Desta forma, em termos de igualdade, o Brasil se posiciona atrás de outros latino-americanos como Equador (23ª), Argentina (24ª) Costa Rica (27ª), Peru (44ª), Nicarágua (49ª), El Salvador (55ª), Paraguai (66ª), Chile (64ª) e a República Dominicana (67ª).
Outros países
No topo da lista, os países nórdicos continuam apresentando a menor desigualdade entre homens e mulheres.
A Islândia é considerada a nação mais equalitária, seguida de Finlândia, Noruega e Suécia.
Entre países que mostraram grandes avanços, estão a África do Sul, 22ª colocada em 2008 e 6ª este ano, e Lesoto, que subiu da 16ª para a 10ª posição.
Nestas nações africanas, as mulheres aumentaram substancialmente sua participação no mercado de trabalho e no governo.
Na parte de baixo da tabela, Paquistão (134ª posição), Chade (135ª) e Iêmen (136ª) foram considerados os países com a maior desigualdade entre homens e mulheres.
BBC Brasil
Bahia é recorde de atendimentos na região Nordeste no Ligue 180
Bahia é recorde de atendimentos na região Nordeste
A Central de Atendimento à Mulher Ligue 180, serviço criado pela Secretaria Especial de
Políticas para as Mulheres (SPM), computou 161.774 atendimentos no primeiro semestre
deste ano, ultrapassando em 32,36% a quantidade de atendimentos no mesmo período em
2008 (122.222). A região Nordeste contabiliza 18,96% do total nacional, com 30.667
registros.
Parte significativa do total de atendimentos deve-se à busca por informações sobre a Lei
Maria da Penha que registrou, neste primeiro semestre, 13.766 atendimentos. O total
nacional referente a informações sobre a legislação é de 76.638 atendimentos, o que
corresponde a 17,96%.
Na maioria das denúncias registradas no Ligue 180, na região Nordeste, as usuárias do
serviço declaram sofrer violência diariamente (67,15%). Dos tipos de violência (física,
moral, psicológica e material), a física é a que tem o maior número de relatos na região,
com 1.779 do total de 3.151. O perfil de usuários é composto por mulheres casadas
(50,84%), negras (51,69%), com ensino fundamental completo e incompleto (32,76%), na
faixa de 20 a 40 anos.
Bahia, recorde de atendimentos
O estado da Bahia é o campeão de acessos à Central 180. Líder do ranking regional com
38,41% dos atendimentos, a Bahia é seguido por Pernambuco, com 15,48%. No terceiro
lugar está o estado do Rio Grande do Norte com 8,96% de procura.
Tabela do ranking regional
REGIÃO NORDESTE
BA
9.887 38,41% 1ºPE
3.983 15,48% 2ºRN
2.306 8,96% 3ºAL
2.035 7,91% 4ºCE
1.977 7,68% 5ºMA
1.957 7,60% 6ºPB
1.604 6,23% 7ºPI
1.063 4,13% 8ºSE
926 3,60% 9ºTOTAL
25.738 100,00%...
domingo, 25 de outubro de 2009
E assim serão banidos por Deus
sábado, 24 de outubro de 2009
H.O.T. FILME SOBRE TRÁFICO DE ÓRGÃOS QUE CITA O BRASIL VENCE FESTIVAL DE ROMA
H.O.T. VENCE O FESTIVAL DE ROMA!
Olavo de Carvalho
Primores de ternura - 1
Olavo de Carvalho
Leio no site da Previdência Social: "O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto." Ou seja: no Brasil você pode matar, roubar, sequestrar ou estuprar, seguro de que, se for preso, sua família não passará necessidade. O governo garante. Se, porém, como membro efetivo da maioria otária, você não faz mal a ninguém e em vez disso prefere acabar levando dois tiros na cuca, quatro no estômago ou três no peito, ou então uma facada no fígado, esticando as canelas in loco ou no hospital, aí o governo não garante mais nada: sua viúva e seus filhos podem chorar à vontade na porta do Palácio do Planalto, que o coração fraterno da República solidária não lhes concederá nem uma gota da ternura estatal que derrama generosamente sobre os bandidos.
É, as coisas são assim. Se elas o escandalizam, é porque você está muito desatualizado. Afagar delinqüentes, estimular o banditismo, é uma das mais antigas e veneráveis tradições do movimento revolucionário, que o nosso partido governante personifica orgulhosamente.
Veja o que pensavam alguns dos mentores revolucionários mais célebres:
Mikhail Bakunin, líder anarquista: "Para a nossa revolução, será preciso atiçar no povo as paixões mais vis."
Serge Netchaiev, terrorista que Lênin adotou como um de seus gurus: "A causa pela qual lutamos é a completa, universal destruição. Temos de nos unir ao mundo selvagem, criminoso."
Willi Münzenberg, o gênio organizador da propaganda comunista na Europa Ocidental e nos EUA: "Vamos corromper o Ocidente em tal medida, que ele acabará fedendo."
Louis Aragon, poeta oficial do Partido Comunista Francês: "Despertaremos por toda parte os germes da confusão e do malestar. Que os traficantes de drogas se atirem sobre as nossas nações aterrorizadas!"
V. I. Lênin: "O melhor revolucionário é um jovem desprovido de toda moral."
De tal modo a paixão pelo crime se impregnou na mente revolucionária, que acabou até produzindo fenômenos paranormais. Em 8 de março de 1855, o poeta Victor Hugo, um ídolo dos revolucionários, recebeu numa sessão espírita, para satisfação aliás de suas próprias expectativas, esta mensagem do além: "A verdadeira religião proclama o novo evangelho: é uma imensa ternura pelos ferozes, pelos infames, pelos bandidos."
Os exemplos poderiam multiplicar-se indefinidamente. E nada disso ficou no papel, é claro. Nem se limitaram aquelas almas cândidas a cantar em prosa, verso e filme as virtudes excelsas da criminalidade (v. meu artigo "Bandidos e Letrados", de 26 de dezembro de 1994, em www.olavodecarvalho.org/livros/bandlet.htm). Já em 1789 os revolucionários franceses abriram as portas das prisões, libertando indiscriminadamente milhares de assassinos, ladrões e estupradores que em poucos dias espalharam o caos nas ruas de Paris (mesmo na célebre Bastilha não havia um só prisioneiro político: só delinqüentes). Logo após a tomada do poder pelos comunistas na Rússia, a política oficial era fomentar o sexo livre, criando assim uma geração de jovens sem família para incentivar a criminalidade juvenil e liquidar pela confusão o que restasse da "ordem burguesa". A idéia foi de Karl Radek (o chefe de Willi Münzenberg), que, ironia cruel, ao cair em desgraça perante Stalin acabou sendo assassinado a murros e pontapés por jovens delinqüentes numa prisão.
O voto de Louis Aragon foi cumprido à risca a partir dos anos 50, quando a URSS começou a treinar agentes para que se infiltrassem nas então incipientes redes de tráfico de drogas - especialmente na América Latina - e as dominassem por dentro, criando uma futura fonte local de subsídios para o movimento revolucionário, que estava saindo caro demais para o bolso soviético. Essa foi a origem remota das Farc, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que hoje dominam o narcotráfico no continente. A história é contada em detalhes pelo general tcheco Jan Sejna, que participou pessoalmente da operação (v. Joseph D. Douglass, Red Cocaine. The Drugging of America and the West, London, Harle, 1999).
...
Primores de ternura - 2
Do Olavo de Carvalho Bandidos & Letrados
Entre as causas do banditismo carioca, há uma que todo o mundo conhece mas que jamais é mencionada, porque se tornou tabu: há sessenta anos os nossos escritores e artistas produzem uma cultura de idealização da malandragem, do vício e do crime. Como isto poderia deixar de contribuir, ao menos a longo prazo, para criar uma atmosfera favorável à propagação do banditismo?
De Capitães da Areia até a novela Guerra sem Fim, passando pelas obras de Amando Fontes, Marques Rebelo, João Antônio, Lêdo Ivo, pelo teatro de Nelson Rodrigues e Chico Buarque, pelos filmes de Roberto Farias, Nelson Pereira dos Santos, Carlos Diegues, Rogério Sganzerla e não-sei-mais-quantos, a palavra-de-ordem é uma só, repetida em coro de geração em geração: ladrões e assassinos são essencialmente bons ou pelo menos neutros, a polícia e as classes superiores a que ela serve são essencialmente más (1).
Não conheço um único bom livro brasileiro no qual a polícia tenha razão, no qual se exaltem as virtudes da classe média ordeira e pacata, no qual ladrões e assassinos sejam apresentados como homens piores do que os outros, sob qualquer aspecto que seja. Mesmo um artista superior como Graciliano Ramos não fugiu ao lugar-comum: Luís da Silva, em Angústia, o mais patológico e feio dos criminosos da nossa literatura, acaba sendo mais simpático do que sua vítima, o gordo, satisfeito e rico Julião Tavares culpado do crime de ser gordo, satisfeito e rico. Na perspectiva de Graciliano, o único erro de Luís da Silva é seu isolamento, é agir por conta própria num acesso impotente de desespero pequeno-burguês: se ele tivesse enforcado todos os burgueses em vez de um só, seria um herói. O homicídio, em si, é justo: mau foi cometê-lo em pequena escala.
Humanizar a imagem do delinqüente, deformar, caricaturar até os limites do grotesco e da animalidade o cidadão de classe média e alta, ou mesmo o homem pobre quando religioso e cumpridor dos seus deveres que neste caso aparece como conformista desprezível e virtual traidor da classe , eis o mandamento que uma parcela significativa dos nossos artistas tem seguido fielmente, e a que um exército de sociólogos, psicólogos e cientistas políticos dá discretamente, na retaguarda, um simulacro de respaldo "científico".
À luz da "ética" daí resultante, não existe mal no mundo senão a "moral conservadora". Que é um assalto, um estupro, um homicídio, perto da maldade satânica que se oculta no coração de um pai de família que, educando seus filhos no respeito à lei e à ordem, ajuda a manter o status quo? O banditismo é em suma, nessa cultura, ou o reflexo passivo e inocente de uma sociedade injusta, ou a expressão ativa de uma revolta popular fundamentalmente justa. Pouco importa que o homicídio e o assalto sejam atos intencionais, que a manutenção da ordem injusta não esteja nem de longe nos cálculos do pai de família e só resulte como somatória indesejada de milhões de ações e omissões automatizadas da massa anônima. A conexão universalmente admitida entre intenção e culpa está revogada entre nós por um atavismo marxista erigido em lei: pelo critério "ético" da nossa intelectualidade, um homem é menos culpado pelos seus atos pessoais que pelos da classe a que pertence (2). Isso falseia toda a escala de valores no julgamento dos crimes. Quando um habitante da favela comete um crime de morte, deve ser tratado com clemência, porque pertence à classe dos inocentes. Quando um diretor de empresa sonega impostos, deve ser punido com rigor, porque pertence à classe culpada. Os mesmos que pedem cadeia para deputados corruptos fazem campanha pela libertação do chefe do Comando Vermelho. Os mesmos que sempre se opuseram vigorosamente à pena de morte para autores de homicídios citam como exemplar a lei chinesa que manda fuzilar os corruptos, e repreendem o deputado Amaral Netto, um apologista da pena de morte para os assassinos, por ser contrário à mesma penalidade para os crimes de "colarinho branco". O Congresso, ocupado em castigar vulgares estelionatários de gabinete, mostra uma soberana indiferença ante o banditismo armado. Assim nossa opinião pública passa por uma reeducação, que terminará por persuadi-la de que desviar dinheiro do Estado é mais grave do que atentar contra a vida humana princípio que, consagrado no Código Penal soviético, punia o homicídio com dez anos de cadeia, e com pena de morte os crimes contra a administração: dize-me quem imitas e eu te direi quem és (3).
Se levada mais fundo ainda, essa "revolução cultural" acabará por perverter todo o senso moral da população, instaurando a crença de que o dever de ser bom e justo incumbe primeira e essencialmente à sociedade, e só secundariamente aos indivíduos. Muitos intelectuais brasileiros tomam como um dogma infalível esse preceito monstruoso, que resulta em abolir todos os deveres da consciência moral individual até o dia em que seja finalmente instaurada sobre a Terra a "sociedade justa" um ideal que, se não fosse utópico e fantasista em si, seria ao menos inviabilizado pela prática do mesmo preceito, tornando os homens cada vez mais injustos e maus quanto mais apostassem na futura sociedade justa e boa (4). Um dos maiores pensadores éticos do nosso século, o teólogo protestante Reinhold Niebuhr, mostrou que, ao longo da História, o padrão moral das sociedades e principalmente dos Estados foi sempre muito inferior ao dos indivíduos concretos. Uma sociedade, qualquer sociedade, pode permitir-se atos que num indivíduo seriam considerados imorais ou criminosos. Por isto mesmo, a essência do esforço moral, segundo Niebuhr, consiste em tentar ser justo numa sociedade injusta (5). Nossos intelectuais inverteram essa fórmula, dissolvendo todo o senso de responsabilidade pessoal na poção mágica da "responsabilidade social". Alguns consideram mesmo que isto é muito cristão, esquecendo que Cristo, se pensasse como eles, adiaria a cura dos leprosos, a multiplicação dos pães e o sacrifício do Calvário para depois do advento da "sociedade justa".
É absolutamente impossível que a disseminação de tantas idéias falsas não crie uma atmosfera propícia a fomentar o banditismo e a legitimar a omissão das autoridades. O governante eleito por um partido de esquerda, por exemplo, não tem como deixar de ficar paralisado por uma dupla lealdade, de um lado à ordem pública que professou defender, de outro à causa da revolução com a qual seu coração se comprometeu desde a juventude, e para a qual a desordem é uma condição imprescindível. A omissão quase cúmplice de um Brizola ou de um Nilo Batista homens que não têm vocação para tomar parte ativa na produção cultural, mas que têm instrução bastante para não escapar da influência da cultura produzida não é senão o reflexo de um conjunto de valores, ou contravalores, que a nossa classe letrada consagrou como leis, e que vêm moldando as cabeças dos brasileiros há muitas décadas. Se o apoio a medidas de força contra o crime vem sempre das camadas mais baixas, não é só porque são elas as primeiras vítimas dos criminosos, mas porque elas estão fora do raio de influência da cultura letrada. Da classe média para cima, a aquisição de cultura superior é identificada com a adesão aos preconceitos consagrados da intelligentzia nacional, entre os quais o ódio à polícia e a simpatia pelo banditismo.
Seria plausível supor que esses preconceitos surgiram como reação à ditadura militar. Mas, na verdade, são anteriores. A imagem do crime na nossa cultura compõe-se em última análise de um conjunto de cacoetes e lugares-comuns cuja origem primeira está na instrução transmitida pelo Comintern em 24 de abril de 1933 ao Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro, para que procurasse assumir a liderança de quadrilhas de bandidos, imprimindo um caráter de "luta de classes" ao seu conflito com a lei (6).
A instrução foi atendida com presteza pela intelectualidade comunista, que produziu para esse propósito uma infinidade de livros, artigos, teses e discursos. Os escritores comunistas não eram muitos, mas eram os mais ativos: tomando de assalto os órgãos de representação dos intelectuais e artistas (7), elevaram sua voz acima de todas as outras e, logo, suas idéias prevaleceram ao ponto de ocupar todo o espaço mental do público letrado. Hoje vemos como foi profunda a marca deixada pela propaganda comunista na consciência dos nossos intelectuais: nenhum deles abre a boca sobre o problema da criminalidade carioca, que não seja para repetir os velhos lugares-comuns sobre a miséria, sobre os ricos malvados, e para lançar na "elite" a culpa por todos os assaltos, homicídios e estupros cometidos pelos habitantes das favelas.
Ninguém ousa por em dúvida a veracidade das premissas em que se assentam tais raciocínios o que prova o quanto elas fizeram a cabeça da nossa intelectualidade, o quanto esta, sem mesmo saber a origem de suas idéias, continua repetindo e obedecendo, por mero automatismo, por mera preguiça mental, os chavões que o Comintern mandou espalhar na década de 30.
De nada adianta a experiência universal ensinar-nos que a conexão entre miséria e criminalidade é tênue e incerta; que há milhares de causas para o crime, que mesmo a prosperidade de um wellfare State não elimina; que entre essas causas está a anomia, a ausência de regras morais explícitas e comuns a toda a sociedade; que uma cultura de "subversão de todos os valores" e a glamurização do banditismo pela elite letrada ajudam a remover os últimos escrúpulos que ainda detêm milhares de jovens prestes a saltar no abismo da criminalidade. Contrariando as lições da História, da ciência e do bom senso, nossos intelectuais continuam presos à lenda que faz do criminoso o cobrador de uma dívida social. Alguns crêem mesmo nela, com uma espécie de masoquismo patético, resíduo de uma sentimentalidade doentia inoculada pelo discurso comunista nas almas frágeis dos "burgueses progressistas": o escritor Antônio Callado, vendo sua casa arrombada, levados seus quadros preciosos, repetia para si, entre inerme e atônito, a sentença de Proudhon: "A propriedade é um roubo". Deveria recitar, isto sim, o poema de Heine, em que um homem que dorme é atormentado em sonhos por uma figura que, ameaçando-o com uma arma, lhe diz: "Eu sou a ação dos teus pensamentos" (8).
Infelizmente, os pensamentos dos intelectuais não voltam só contra seus autores os seus efeitos materiais. Erigida em crença comum, a lenda do "Cobrador" título de um conto aliás memorável de Rubem Fonseca produz devastadoras conseqüências reais sobre toda a população. Ela transforma o delinqüente, de acusado, em acusador. Seguro de si, fortalecido em sua auto-estima pelas lisonjas da intelligentzia, o assassino então já não aponta contra nós apenas o cano de uma arma, mas o dedo da justiça; de uma estranha justiça, que lança sobre a vítima as culpas pelos erros de uma entidade abstrata "o sistema", "a sociedade injusta" , ao mesmo tempo que isenta o criminoso de quase toda a responsabilidade por seus atos pessoais. Perseguida de um lado pelas gangues de bandidos, acuada de outro pelo discurso dos letrados, a população cai no mais abjeto desfibramento moral e já não ousa expressar sua revolta. Qual uma mulher estuprada, envergonha-se de seus sofrimento e absorve em si as culpas de seu agressor. Ela pode ainda exigir providências da autoridade, mas o faz numa voz débil e sem convicção e cerca seu pedido de tantas precauções, que a autoridade, após ouvi-la, mais temerá agir do que omitir-se. Afinal, é menos arriscado politicamente desagradar uma multidão de vítimas que gemem em segredo do que um punhado de intelectuais que vociferam em público.
Os intelectuais, neste país, são os primeiros a denunciar a imoralidade, os primeiros a subir ao palanque para discursar em nome da "ética". Mas a ética consiste basicamente em cada um responsabilizar-se por seus próprios atos. E nunca vi um intelectual brasileiro, muito menos um de esquerda, fazer um exame de consciência e perguntar-se: "Será que nós também não temos colaborado para a tragédia carioca?"
Não, nenhum deles sente a menor dor na consciência ao ver que sessenta anos de apologia literária do crime de repente se materializaram nas ruas, que as imagens adquiriram vida, que as palavras viraram atos, que os personagens saltaram do palco para a realidade e estão roubando, matando, estuprando com a boa consciência de serem "heróis populares", de estarem "lutando contra a injustiça" com as técnicas de combate que aprenderam na Ilha Grande. Os intelectuais literalmente não sentem ter colaborado em nada para esse resultado. Não o sentem, porque décadas de falsa consciência alimentada pela retórica marxista os imunizaram contra quaisquer protestos da consciência moral. Eles possuem a arte dialética de sufocar a voz interior mediante argumentos de oportunidade histórica. Ademais, detestam o sentimento de culpa que supõem ter sido inventado pela Igreja Católica para manter as massas sob rédea curta. Não desejando, portanto, assumir suas próprias culpas, exorcizam-nas projetando-as sobre os outros, e tornam-se, por uma sintomatologia histérica bem conhecida, acusadores públicos, porta-vozes de um moralismo ressentido e vingativo. Imbuídos da convicção dogmática de que a culpa é sempre dos outros, eles estão puros de coração e prontos para o cumprimento do dever. Qual dever? O único que conhecem, aquele que constitui, no seu entender, a missão precípua do intelectual: denunciar. Denunciar os outros, naturalmente. E aquele que denuncia, estando, por isto mesmo, ao lado das "forças progressistas", fica automaticamente isento de prestar satisfações à "moral abstrata" da burguesia, a qual, sem nada compreender da dialética histórica, continua a proclamar que há atos intrinsecamente maus, independentemente das condições sociais e políticas: "moral hipócrita", ante a qual pfui! o intelectual franze o nariz com a infinita superioridade de quem conhece a teleologia da história e já superou ou melhor, aufhebt jetzt na dialética do devir o falso conflito entre o bem e o mal...
Mas a colaboração desses senhores dialéticos para o crescimento da criminalidade no Rio foi bem mais longe do que a simples preparação psicológica por meio da literatura, do teatro e do cinema: foram exemplares da sua espécie que, no presídio da Ilha Grande, ensinaram aos futuros chefes do Comando Vermelho a estratégia e as táticas de guerrilha que o transformaram numa organização paramilitar, capaz de representar ameaça para a segurança nacional. Pouco importa que, ao fazerem isso, os militantes presos tivessem em vista a futura integração dos bandidos na estratégia revolucionária, ou que, agindo às tontas, simplesmente desejassem uma vingança suicida contra a ditadura que os derrotara: o que importa é que, ensinando guerrilha aos bandidos, agiram de maneira coerente com os ensinamentos de Marcuse e Hobsbawn então muito influentes nas nossas esquerdas , os quais, até mesmo contrariando o velho Marx, exaltavam o potencial revolucionário do Lumpenproletariat.
Nenhum desses servidores da História sente o menor remorso, a menor perturbação da consciência, ao ver que suas lições foram aprendidas, que suas teorias viraram prática, que sua ciência da revolução armou o braço que hoje aterroriza com assaltos e homicídios a população carioca. Não: eles nada fizeram senão acelerar a dialética histórica e não existe mal senão em opor-se à História. Com a consciência mais limpa deste mundo, eles continuam a culpar os outros: o capitalismo, a política econômica do governo, a polícia, e a verberar como "reacionários" e "fascistas" os cidadãos, ricos e pobres, que querem ver os assassinos e traficantes na cadeia.
Mas os intelectuais da esquerda não se limitaram a criar o pano de fundo cultural propício e a elevar pelos ensinamentos técnicos o nível de periculosidade do banditismo; eles deram um passo além, e colheram os frutos políticos do longo namoro com a delinqüência: o apoio dos bicheiros o que é o mesmo que dizer: dos traficantes foi a principal base de sustentação popular sobre a qual se ergueu no Rio o império do brizolismo, a ala mais tradicional e populista da esquerda brasileira.
Sob a égide do brizolismo, as relações entre intelectualidade esquerdista e banditismo transformaram-se num descarado affaire amoroso, com a ABI dando respaldo à promoção do livro Um contra Mil, em que o quadrilheiro William Lima da Silva, o "Professor", líder do Comando Vermelho, faz a apologia do crime como reação legítima contra a "sociedade injusta".
Um pouco mais tarde, quando a criminalidade organizada já estava bem crescida a ponto de requerer uma intervenção do governo federal, o que se verificou foi que a esquerda não se limitara a colaborar com os bandidos, mas se ocupara também de debilitar seus perseguidores; que a CUT e o PT, infiltrando-se na Polícia Federal, haviam tornado esta organização mais ameaçadora para o governo federal do que para traficantes e quadrilheiros (9).
E finalmente, quando o governo federal, vencendo resistências prodigiosas, finalmente se decide a agir e incumbe o Exército de dirigir a repressão ao banditismo no Rio, a intelectualidade de esquerda, como não poderia deixar de ser, inicia uma campanha surda de desmoralização do comando militar das operações, seja com advertências alarmistas quanto à possibilidade de "abusos" contra os moradores das favelas, seja com toda sorte de gracejos e especulações sobre as fragilidades da estratégia adotada, seja com argumentações pseudocientíficas sobre a inconveniência do remédio adotado, dando a entender que os riscos de uma intervenção militar são infinitamente maiores que o da anarquia sangrenta instalada no Rio. Tudo isto prepara o terreno para uma investida maior, em que entidades autonomeadas representantes da "sociedade civil" as mesmas que promoveram a elevação dos chefes do Comando Vermelho ao estatuto de "lideranças populares" se unirão para pedir a retirada das Forças Armadas e a devolução dos morros a seus eternos governantes, lá entronizados pelas graças da deusa História (10).
Resumindo, pela ordem cronológica: a esquerda, primeiro, criou uma atmosfera de idealização do banditismo; segundo, ensinou aos criminosos as técnicas e a estratégia da guerrilha urbana; terceiro, defendeu abertamente o poder das quadrilhas, propondo sua legitimação como "lideranças populares"; quarto, enfraqueceu a Polícia Federal como órgão repressivo, fortalecendo-a, ao mesmo tempo, como instrumento de agitação; quinto, procurou boicotar psicologicamente a operação repressiva montada pelas Forças Armadas, tentando atrair para ela a antipatia popular. Não é humanamente concebível que tudo isso seja apenas uma sucessão de coincidências fortuitas. Se a continuidade perfeitamente lógica das iniciativas da esquerda em favor do banditismo não reflete a unidade de uma estratégia consciente, ela expressa ao menos a unanimidade de um estado de espírito, a fortíssima coesão de um nó de preconceitos contra a ordem pública e a favor da delinqüência. Para a nossa esquerda, decididamente, assassinos, ladrões, traficantes e estupradores estão alinhados com as "forças progressistas" e destinados a ser redimidos pela História pela sua colaboração à causa do socialismo. Quanto a seus perseguidores, identificam-se claramente com as "forças reacionárias" e irão direto para a lata de lixo da História. No que diz respeito às vítimas, enfim, pode-se lamentá-las, mas, como dizia tio Vladimir, quê fazer? Não se pode fritar uma omelette sem quebrar os ovos...
Para completar, é mais que sabido que artistas e intelectuais são um dos mais ricos mercados consumidores de tóxicos e que não desejam perder seus fornecedores: quando defendem a descriminalização dos tóxicos, advogam em causa própria. Mas eles não são apenas consumidores: são propagandistas. Quem tem um pouco de memória há de lembrar que neste país a moda das drogas, na década de 60, não começou nas classes baixas, mas nas universidades, nos grupos de teatro, nos círculos de psicólogos, rodeada do prestígio de um vício elegante e iluminador. Foi graças a esse embelezamento artificial empreendido pela intelligentzia que o consumo de drogas deixou de ser um hábito restrito a pequenos círculos de delinqüentes para se alastrar como metástases de um câncer por toda a sociedade: Si monumentum requires, circumspicii.
É de espantar que nessas condições o banditismo crescesse como cresceu? É de espantar que, enquanto a população maciçamente clama por uma intervenção da autoridade e aplaude agora a chegada dos fuzileiros aos morros, a intelectualidade procure depreciar a atuação do Exército e não se preocupe senão com a salvaguarda dos direitos civis dos eventuais suspeitos a serem detidos, como se a eliminação do banditismo armado não valesse o risco de alguns abusos esporádicos?
O que seria de espantar é que os estudos pretensamente científicos sobre as causas do banditismo jamais assinalem entre elas a cumplicidade dos intelectuais, como se os fatores econômicos agissem por si e como se a produção cultural não exercesse sobre a ordem ou desordem social a menor influência, mesmo quando essa cumplicidade passa das palavras à ação e se torna um respaldo político ostensivo para a ação dos quadrilheiros. Seria de espantar, digo, se não se soubesse quem são os autores de tais estudos e as entidades que os financiam.
Há décadas nossa intelligentzia vive de ficções que alimentam seus ódios e rancores e a impedem de enxergar a realidade. Ao mesmo tempo, ela queixa-se de seu isolamento e sonha com a utopia de um amplo auditório popular. Mas é a incultura do nosso povo que o protege da contaminação da burrice intelectualizada. "Incultura" é um modo de falar: será incultura, de fato, privar-se de consumir falsos valores e slogans mentirosos? Não: mas quando houver neste país uma intelectualidade à altura de sua missão, ela será ouvida e compreendida. Por enquanto, se queremos ver o nosso Rio livre do flagelo do banditismo, a primeira coisa a fazer é não dar ouvidos àqueles que, por terem colaborado ativamente para a disseminação desse mal, por mostrarem em seguida uma total incapacidade de arrepender-se de seu erro, e finalmente por terem o descaramento de ainda pretender posar de conselheiros e salvadores, perderam qualquer vestígio de autoridade e puseram à mostra a sua lamentável feiúra moral.
Leia na íntegra No Blog do Olavo de Carvalho http://www.olavodecarvalho.org/livros/bandlet.htm
Primores de ternura - 2
Diário do Comércio, 16 de outubro de 2009
Primores de ternura - 1
Diário do Comércio, 14 de outubro de 2009
VIGIAI !
POR QUE HOUVE UM GOLPE INSTITUCIONAL NA NICARÁGUA. OU: NEM TODAS AS REELEIÇÕES SÃO IGUAIS-Do Reinaldo Azevedo
O golpe institucional, pela via judicial, que o orelhudo Daniel Ortega deu na Nicarágua expõe a verdade sobre outro golpe, este fracassado, de Manuel Zelaya em Honduras. Eles têm um método. E revela, ainda outra vez, a natureza dessa gente asquerosa que chama a si mesma "os bolivarianos". Mais uma vez, porque se nega a ler a Constituição do país, que está disponível, a imprensa começa a falar bobagem e a comparar alhos com bugalhos. Parte dela trata tudo como simples disputa entre "esquerda" e "direita". Mas o que diz a lei?
A chance aberta para a reeleição ilimitada, decidida pela Suprema Corte de Justiça da Nicarágua, é, sim, um golpe nas instituições. O artigo 147 da Constituição do país (íntegra da Carta aqui) proíbe expressamente o expediente. Está escrito lá, com todas as letras, que não pode se candidatar à Presidência
"El que ejerciere o hubiere ejercido en propiedad la Presidencia de la República en cualquier tiempo del período en que se efectúa la elección para el período siguiente, ni el que la hubiera ejercido por dos períodos presidenciales."
Alguma dúvida a respeito disso? O que fizeram os "magistrados sandinistas" (essas duas palavras são tão compatíveis como "pérolas e porcos") da Suprema Corte de Justiça? Declararam a restrição sem efeito. Simples assim! O país tem uma Constituição, e uma parcela do Judiciário diz que parte dela não vale mais. Pronto!
Aí alguém indaga: "Reinaldo, os juízes não tem competência para mudar a lei como bem entenderem?" Não! Se tivessem, seriam uma verdadeira junta ditatorial. A mesma Constituição, no artigo 138, diz a quem cabe tal tarefa:
ARTICULO 138.- Son atribuciones de la Asamblea Nacional:
Elaborar y aprobar las leyes y decretos, así como reformar y derogar los existentes.
La interpretación auténtica de la ley.
Muito bem! Os partidos de oposição e várias entidades da sociedade civil reagiram. Apelar a quem nesses casos? Ora, à Justiça. Mas qual Justiça vai decidir? Esta mesma que, na prática, dá o golpe na Constituição? O vice-chanceler nicaraguense, Manuel Coronel - que tem, mais ou menos, a inteligência de um Marco Aurélio Garcia, tornou público um raciossímio: "É verdadeiramente irônico que [os líderes opositores] se queixem com os governantes de países que também reelegem. Vão reclamar com os Estados Unidos, onde o presidente quer se reeleger. Vão à Europa, onde o presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, acaba de ser reeleito. Até na OEA, o secretário-geral José Miguel Insulza também está se reelegendo".
É verdade. Só que as leis de todos esses países permitem a reeleição no caso da Espanha, o regime, de resto, é parlamentarista.
Eis aí. Fica claro por que caiu o chapeludo bandido de Honduras. Porque, lá, as instituições reagiram à ameaça de golpe. Na Nicarágua, o próprio Judiciário demonstra a alma golpista. Ou vocês já viram alguma Justiça do mundo declarar sem validade artigos consolidados na Constituição sem o concurso do Legislativo? Mas digamos que a Constituição de Nicarágua atribuísse tal papel aos juízes. Seria uma Constituição maluca, mas cada um tem a sua. Ocorre que a Carta Magna nicaragüense não confere tais poderes à Suprema Corte de Justiça.
Em Honduras, seguindo a Carta, a Justiça derrubou o golpista; na Nicarágua, rasgando a Constituição, é a "Justiça" quem dá o golpe. Honduras enfrenta, sozinha, o mundo. Com o Orelhudo, nada vai acontecer.
Bobagem
É uma bobagem querer juntar todas as reeleições do Continente no mesmo saco de gatos. Esse negócio de que Chávez, Zelaya, Corrêa, Evo Morales, Uribe e, agora, Ortega tentam a reeleição é uma batatada.
Em nenhum desses países notem bem, em nenhum: nem mesmo daqueles presididos pelo trio da fuzarca: Chávez, Correa e Evo a não-reeleição era uma cláusula pétrea. Em Honduras, era. Então, tirem Honduras do grupo. Mais: a Carta premia quem propuser ações que possam resultar na reeleição com deposição automática. Foi o que aconteceu com o bandoleiro. Já o expediente golpista de Ortega é outro.
E só para ficar claro: não estou pegando leve com o resto da bandidagem, não. Só estou evidenciando a natureza clara, inequívoca, do golpe nas instituições tentado em Honduras e no desfechado na Nicarágua. Chávez, Correa e Evo foram usando e têm usado a sua maioria parlamentar para solapar a democracia. E Uribe? Já me manifestei mais de uma vez contrário à sua eventual tentativa de se reeleger. Mas não venham me dizer, porque é mentira, que ele trata os oposicionistas do modo como faz aquele trio. Há liberdades democráticas plenas na Colômbia menos nos territórios sob o comando da narcoguerrilha esquerdista.
É evidente que a canalha esquerdopata mundo afora vai silenciar sobre o golpismo na Nicarágua. Aliás, ele já tinha sido até anunciado, como vocês sabem. Está evidenciado, uma vez mais, o compromisso dos "bolivarianos" e assemelhados com a democracia. Ortega explica Zelaya. Houve um tempo em que isso faria diferença no Departamento de Estado dos EUA. Mas Hillary não deve nem saber onde fica a Nicarágua.
Ah, sim. Não posso deixar de falar do "padre sandinista" (Deus meu!!!) Miguel D'Escoto, aquele homem que coça os piores trocadilhos. É o presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas. Foi o militante mais ativo em favor da volta do golpista Manuel Zelaya ao poder. Já o golpe institucional na Nicarágua ele certamente acha muito justo e digno.
Aí alguém me diz: "Reinaldo, você não é duro demais com eles?" Claro que não! Nem defendo o uso do chicote Só a jaula.
VERGONHA!Brasil dando espaço ao Ahmadinejad.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
H.O.T. FILME SOBRE TRÁFICO DE ÓRGÃOS QUE CITA O BRASIL VENCE FESTIVAL DE ROMA
H.O.T. VENCE O FESTIVAL DE ROMA!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Paulo Pavesi: Eu sei onde estão os órgãos do meu filho Assista H.O.T.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Adital entrevista a jornalista Vera Mattos sobre a onda de assassinatos em Salvador.
15.10.09 - BRASIL
Jovens da periferia de Salvador (BA) perdem a vida em onda de assassinatos.
Tatiana Félix *
Salvador - Adital -
"A situação em Salvador já chegou a um grau de extrema perversidade". Com essa afirmação, a jornalista Vera Mattos, presidente da Fundação Jaqueira, de Salvador, capital da Bahia, estado da região Nordeste do Brasil, fala sobre a onda de crimes que assolam a capital baiana todos os dias.
Centenas de mães veem seus filhos sendo assassinados. Caladas, as famílias tentam se proteger como podem. Segundo os movimentos sociais envolvidos nas discussões acerca da onda de assassinatos, os jovens em Salvador estão morrendo gratuitamente.
O poder público relaciona os crimes ao tráfico de drogas, porém, a sociedade se pergunta: "será que todos esses jovens são criminosos e envolvidos com o tráfico?" Para Vera, o que acontece é uma onda de crimes contra a população pobre e negra da periferia de Salvador.
Em entrevista à Radioagência NP, Bartolomeu Dias, integrante da ONG baiana Omi-Dudu, afirmou que de cada dez jovens assassinados em Salvador, oito são inocentes, ou seja, não têm envolvimento com nenhuma atividade criminosa, nem com o tráfico de drogas.
Vera ressalta que é necessário que se faça um inquérito policial e que a população seja ouvida. A jornalista denuncia o descaso por parte do governo. "A segurança pública é um dever do estado".
Se nada for feito para combater o crime em Salvador, a cada dia aumentará ainda mais o número de famílias órfãs de seus filhos, filhos órfãos de pais e mulheres sem seus companheiros. A tensão paira no ar da cidade inteira. Segundo Vera, "o que existe na Bahia é uma execução sumária".
Segundo o Índice de Homicídio na Adolescência (IHA), até 2012, Salvador terá quase mil jovens assassinados, com idade entre 12 e 18 anos.
Embora os movimentos sociais e entidades ligadas aos direitos humanos da cidade se reúnam para tentar encontrar uma solução, não há ainda nenhum avanço significativo no combate ao derramamento de sangue em Salvador.
Recentemente, um jornal do estado denunciou a descoberta de cemitérios clandestinos com dezenas de cadáveres em diferentes estágios de decomposição. Parece que na capital da Bahia a vida brinca com a morte. E as vítimas viram fantoches nas mãos dos assassinos. "A minha sensação é que na Bahia não existe direitos humanos", denuncia Vera.
* Jornalista da Adital
domingo, 18 de outubro de 2009
H.O.T. Human Organ Traffic. Documentário lançado em Roma
É hoje o lançamento do documentário
sei...
cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja
com justiça.
Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos
brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro."
Ap 19:11,14
...
E então homens e mulheres, Deus os nomeia cavaleiros e cavaleiras!
Agora é com vocês!
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Crianças abandonadas em 1957- Eles e Elas são 200 mil
O número é positivamente assustador mas todos nós habitantes do Rio de Janeiro temos de enfrentar o complexo problema. Há, somente nestes nossos milhares de quilômetros duzentas mil crianças, meninos e meninas inteiramente abandonados - sem casa e pão, sem a menor instrução, vivendo ao léu, sem um ofício, enfim, os vagabundos e assassinos de amanhã.
...
Só quem freqüenta o Juízo de Menores pode avaliar a multidão que passa pelas sua salas e corredores em busca de amparo para os infelizes meninos e meninas esfomeados. È a desgraça , a miséria.
Mas são mães e pais paupérrimos que não querem que seus filhos sejam uns malandros, e o Brasil tem o dever, precípuo, através dos seus Governos, de proteger, auxiliar, amparar essa outra população à margem da vida, seja o Federal seja o Municipal.
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O mundo se acabasse um dia não seria pelas guerras e sim pela fome. Este sim é o fantasma negro que apavora, mas que pode ser evitado
Eles e Elas são 200 mil. 1957
De Raul de Azevedo no Livro Dona Beija
...
Nada evitamos em mais de 50 anos e ainda os viciamos. Hoje em 2009, tentamos criar leis para nos protegermos dessas milhões de crianças que abandonamos...
terça-feira, 13 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Nossos pequenos seres
domingo, 11 de outubro de 2009
Por um tempo verás cores...
Caminho do Inferno
Entre cancelas
Atravesse a decadência
Encare a miséria
Vislumbre o belo
Disfarce do mal
Por um tempo
Verás cores
O nada
a tumultuar a ilusão
De repente
Encare o sórdido
Dos homens
Que reúne os miseráveis
Atravesse o nada
O caos de interiores
Querendo ser
o que jamais serão
Verás sagrados
De vários medidas
Importantes
Se acham
Ela domina
Como centro
Da justiça imperiosa
Única
Do arrependimento
Que não querem ter
Não permitem haver
Sem princípios
Nem princípios
Só fins
Segue-se
Entre direitas
e esquerdas
Classes distintas
Níveis opostos
Cores e línguas
Da Babel ilusória
O Belo
Invade
Único
Atordoa
Promete
Diz que pode ser
Atordoa
Promete
Na visão
As placas
Placas
Bem-vindos
Lê-se
No engano
Paraíso
Abre-se a porta
O portal nunca existiu
o Inferno
disfarçado de Paraíso
já estava lotado
Ana Maria C. Bruni